CERIMÓNIAS EVOCATIVAS DO 29 DE OUTUBRO
Amanhã, dia 29 de outubro, passam 88 anos sobre a criação do Concelho da Murtosa, através do decreto emancipador assinado pelo então Ministro do Interior, Almirante Jaime Afreixo.
Culminando um programa comemorativo, terão lugar, a partir das 9.30h, as cerimónias singelas evocativas da data que se iniciam com o hastear das bandeiras, junto aos Paços do Município, seguida da deposição de uma coroa de flores junto ao monumento ao Almirante Jaime Afreixo, no praça homónima.
Por último, no átrio dos Paços do Município, será feita a inauguração oficial da instalação “Lugares Múltiplos”, concebida pela Arquiteta Ana Aragão
LUGARES MÚLTIPLOS
Lugares Múltiplos é um projecto sobre a identidade da Região de Aveiro, reinventada através do imaginário gráfico de Ana Aragão. Uma história aos quadradinhos que retrata uma viagem pessoal por 11 Municípios: Águeda, Albergaria-a-Velha, Anadia, Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga e Vagos.
Sempre à mão, e de memória, a autora vai desenhando, um a um, os 99 azulejos que compõem o seu mapa. As peças do jogo poderão ser vistas em cada um dos locais, à vez, para que seja o visitante a última peça a completar o puzzle.
Cada um dos 11 destinos desta viagem dá origem a 9 desenhos, em forma de azulejos. Essas peças isoladas compõem a imagem do Concelho, que será associada à imagem do Concelho seguinte, e aí por diante, até se perfazer um puzzle de 99 peças.
O universo representado retrata não só o património material, mas sobretudo o património imaterial, rico em memórias, costumes, vivências, falares. Os desenhos procuram transformar tudo aquilo que é invisível aos olhos em imagens para ver, e questionar. Como se constrói a imagem de um lugar? Como se guarda o território em imagens que podemos levar connosco?
Neste projecto a autora colecciona os desenhos que vai fazendo, um a um. E expõe-nos nos próprios lugares, na expectativa que a relação entre realidade e representação/instalação contribuam para um olhar crítico acerca dos lugares que são os nossos.
Os territórios do passado tornam-se espaços presentes, futuros, de orgulho, de espelho. É o habitante que se revê na representação e nos elementos que consegue reconhecer, quem dá sentido ao projecto. E é o visitante ocasional, que conhece um pequena parte do território através dos desenhos, aquele que dá sentido à investigação.
Finalmente, o grande painel de azulejos revelará o mapa imaginário de um território unido pela sua inexplicável relação com a água, e com a terra.