COMUR - Museu Municipal da Murtosa
Iniciada nos finais do ano de 2012, a empreitada de transformação das antigas instalações fabris da COMUR em pólo museológico da indústria conserveira, correspondeu a um investimento de cerca 1,3 milhões de euros. Foi inaugurada no dia 21 de fevereiro de 2015.
Na “Fábrica das Enguias”, nome pelo qual é que conhecido popularmente o imóvel, funcionou a unidade fabril da COMUR, desde a sua fundação, no início da década de 40 do século XX, até 1997, ano em que a empresa inaugurou as atuais instalações, na Zona Industrial da Murtosa. Em 2010, o Município da Murtosa adquiriu a propriedade à Fábrica de Conservas da Murtosa tendo convidado o Arquiteto Murtoseiro Paulo Valente para desenvolver um projeto de transformação da antiga fábrica em museu.
A empreitada de reabilitação foi adjudicada à empresa Edibeiras – Edifícios e Obras Públicas das Beiras, Lda, tendo a musealização sido realizada pela empresa Glorybox.
A COMUR-Museu Municipal da Murtosa representa uma aposta da Câmara Municipal na valorização dos elementos diferenciadores, na definição das estratégias de desenvolvimento local, assumindo a conserva das enguias como uma das imagens de marca da Murtosa.
O espaço museológico procura recriar o quotidiano vivido na antiga indústria, tendo como elemento central a conserva das enguias, pretendendo-se valorizar este facto com a criação de um “laboratório gastronómico” que permitirá aos visitantes degustarem essa iguaria. O recurso às novas tecnologias permitirá conferir ao espaço museológico uma vivência de laboração, para além de guiar os visitantes pela história da indústria conserveira Murtoseira.
Este espaço museológico dedicado à História de uma comunidade e à Fábrica de Conservas da Murtosa, procura ser exemplo de uma estratégia sustentada no labor de um povo que sempre conseguiu transformar adversidades em oportunidades.
A COMUR está intimamente ligada à Murtosa. As conservas de enguia são, ainda hoje, uma das nossas imagens de marca e as grandes embaixadoras da Murtosa fora de portas. Existem, por esse país fora, muitas conserveiras e uma série de espaços museológicos associados à indústria conserveira, mas conservas de enguia, só mesmo na Murtosa. É nossa marca identitária e diferenciadora.
Neste museu podemos conhecer a história da fábrica e da comunidade onde ela se insere, vendo o desenvolvimento do processo conserveiro e as suas fases.
Aqui aprendemos como as características específicas da Murtosa e da Ria deram origem a esta unidade fabril, como trabalhavam os seus operários e qual o processo completo de produção de conservas desde a chegada do peixe até à expedição das conservas.
Este é um Museu inovador, multidisciplinar no qual convivem e dialogam a Murtosa, a Ria, o mar, o trabalho, a indústria, a publicidade e a gastronomia.
A investigação histórica, os estudos e levantamentos efetuados e a intervenção arquitetónica realizada pela Câmara Municipal da Murtosa, permitiram a salvaguarda de um edifício histórico que serve agora de guardião da memória e das histórias de todos aqueles que trabalharam na “Fábrica das Enguias”.
Com um investimento de cerca de 1,3 milhões de euros, o Município da Murtosa adquiriu, renovou e instalou um Museu de nova geração que se quer uma referência no panorama museológico nacional e regional. Dotado de uma museografia contemporânea, que alia design, conteúdos de qualidade e interatividade, este espaço distingue-se pela sua capacidade pedagógica de envolver os diversos públicos na história de uma fábrica, dos seus trabalhadores e, no fundo, de toda uma comunidade.